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Meio ambiente

Poluição mata milhares de peixes no Lago Igapó

Redação - Folha de Londrina
26 mar 2003 às 17:06

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Água poluída ficou amarelada e cheia de espuma com produtos químicos, o que causou a morte de muitos peixes no Córrego Água Fresca
- Dorico da Silva
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O vazamento de produtos tóxicos de uma estação de tratamento da Sanepar provocou a morte de milhares de peixes nesta quarta-feira, no Córrego Água Fresca, em Londrina. A poluição atingiu toda a extensão do rio, que desagua no Lago Igapó 2.

O chefe regional do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Ney Paulo, já adiantou que a multa será de no mínimo R$ 80 mil, podendo chegar a um valor três vezes maior porque a Sanepar é reincidente. ''Além da multa, a Sanepar também deverá reparar o dano ambiental'', afirmou.

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Moradores do Jardim Higienópolis (região central) perceberam um material amarelado como ferrugem poluindo as águas do córrego durante a manhã desta quarta-feira e acionaram fiscais da Secretaria Municipal do Ambiente (Sema).

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Entre a nascente e a foz - trecho com pouco mais de um quilômetro - foram encontrados várias espécimes de peixes mortos, além de milhares de alevinos boiando na superfície do córrego.

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Próximo à nascente do rio, foi registrada alta concentração do material próximo a uma galeria pluvial que sai da Estação de Tratamento da Sanepar, sediada na Avenida Juscelino Kubitschek.


O chefe de fiscalização da Sema, Luiz Campanhã Filho, esteve pessoalmente no local, percorreu o leito do rio e reuniu-se com funcionários da empresa suspeita.

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''A Sanepar já foi notificada'', explicou, destacando que a Sema aguardará o laudo do IAP para avaliar a dimensão do dano e aplicar a multa cabível.


O prazo para laudo do IAP ficar pronto, segundo Ney Paulo, é de 30 dias, mas ele vai pedir prioridade no exame. A multa do IAP também só será aplicada depois do resultado da análise.

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A Sanepar admitiu que houve falha nesta quarta-feira durante o manuseio do cloreto férrico, material usado no processo de tratamento da água para separar impurezas.


De acordo com o gerente de operação de água e esgoto, Nelson Okano, durante o preparo, o produto químico extravasou do tanque e escorreu para a galeria de águas pluviais.


Não se sabe o volume de produto que vazou. Okano informou que a saída para a galeria já foi lacrada e caso outro vazamento ocorra o produto químico estaria direcionado para o tanque de recirculação de água.

"Não dá para afirmar ou negar que essa tenha sido a causa para a mortalidade dos peixes", disse, ressaltando que a Sanepar deverá recorrer da multa.


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