Em visita à Câmara Municipal de Londrina, o secretário de Defesa Social, Raul Vidal, confirmou que o prefeito de Londrina, Gerson Araújo (PSDB), irá até Curitiba para discutir o armamento da Guarda Municipal com o governador Beto Richa.
Ele disse que a data da reunião ainda será confirmada, mas explicou que o encontro é necessário para acertar o curso de tiro dos guardas municipais, que é exigido antes do armamento do efetivo.
O secretário lembrou que determinação da Secretária de Segurança Pública impedia o treinamento com orientação da Polícia Militar e um curso com policiais civis de Curitiba, que seria realizado em setembro, foi cancelado devido aos altos custos e por causa do contingenciamento de despesas na Prefeitura de Londrina.
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Questionado sobre a desativação do Grupamento Tático de Apoio em Motos (GTAM), Vidal respondeu que sem armamento e aparelhos necessários os guardas municipais estão proibidos de entrar nas favelas para abordagem de traficantes. "Eu não quero herói morto. Os bandidos de São Paulo têm influência em Londrina e eles atiram contra a PM e contra a Guarda", comentou.
"Além de não ter uma arma, os guardas não tem rádio comunicador para acionar a PM. Eles usam o celular para ligar a cobrar", revelou.
A desativação do GTAM foi questionada pelo presidente da Associação de Servidores da Guarda Municipal, Fernando Neves, que disse que atitude foi uma retaliação ao descumprimento da ordem de não abordar e prender.
Ele argumentou que 33% das ações da Guarda são de responsabilidade dos grupos especiais. Neves lembrou que o município já adquiriu 52 mil munições, 90 pistolas e 15 revólveres. "O guarda não pode fazer o seu trabalho, pois não podem fazer a sua própria segurança", criticou. "Estamos a mercê de marginais em Londrina, cidade insegura e violenta", acrescentou.
Durante a sessão da Câmara, os vereadores cobraram o armamento da Guarda Municipal ainda neste ano.