O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippul) corre contra o tempo para concluir os projetos do chamado Bus Rapid Transit (BRT). O sistema inovador de transporte coletivo faz parte do Plano Municipal de Mobilidade Urbana. A iniciativa foi anunciada pelo prefeito Alexandre Kireeff (PSD) em abril do ano passado. De lá para cá, o município fechou parceria com a Caixa Econômica Federal para a liberação de recursos e contratou empresas de engenharia para ajudar o Ippul a formular os projetos necessários. O diretor de Projetos do instituto, Humberto Leal, lembrou que o poder público tem até o dia cinco de março para entregar o pacote de propostas para a Caixa. "A instituição é a gestora do fundo e vai ficar responsável por repassar as propostas ao Ministério das Cidades", explicou.
A prefeitura precisa de R$ 126 milhões para implantar o BRT em Londrina. O dinheiro pode ser financiado pela segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Leal lembrou, entretanto, que a verba só vai ser liberada se os projetos forem consistentes. "Tudo está bem corrido. Estamos finalizando a nossa parte e esperando as empresas contratadas concluírem a dela. As licenças ambientais também estão andando. Vamos apresentar um pacote com todas essas tramitações. Tudo tem que estar muito sólido, justamente para não corrermos o risco de os projetos voltarem para readequações", destacou Leal.
O sistema do BRT em Londrina vai ser baseado em dois grandes corredores. As linhas exclusivas para o transporte coletivo vão ligar as regiões norte e sul e leste e oeste. A primeira vai se utilizar do canteiro central da avenida Dez de Dezembro. A canaleta terá 13 quilômetros. Já a segunda linha, com 11 quilômetros de comprimento, será instalada na avenida Leste-Oeste.
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O Bus Rapid Transit também prevê a construção de dois grandes terminais de bairro e de 25 estações menores, para agilizar o embarque e desembarque de passageiros. A localização dos pontos está sendo definida pelo Ippul. "A base do projeto é a mesma, mas ainda estamos analisando onde as estações vão ficar", observou o diretor de Projetos do instituto.
O projeto prevê, ainda, a construção de sete viadutos ao longo dos 24 quilômetros dos dois corredores. O sistema do BRT pretende eliminar rotatórias e cruzamentos, justamente para agilizar o transporte coletivo.
O serviço vai precisar utilizar ônibus articulados e biarticulados. A prefeitura tem a intenção de atender quase 30 mil usuários diariamente com o BRT. A previsão é de que o sistema seja implantado na cidade até 2015.