Todas as noites, na hora do intervalo, o som contagiante do rap invade o pátio da escola. Aos poucos, as dezenas de jovens que vieram de mais um dia duro de trabalho ou simplesmente de mais um dia triste de privações começam a se movimentar ao som da música. Por alguns momentos, eles se esquecem de tudo e demonstram uma alegria contagiante. A cena, inimaginável na cabeça de educadores mais conservadores, tem sido uma das alternativas encontradas pela direção do Colégio Estadual São José, localizado na entrada do Jardim Nossa Senhora da Paz, na zona oeste de Londrina. O bairro é um dos que registram maior número de homicídios atualmente em Londrina.
O São José faz parte de um grupo de escolas públicas da periferia que têm adotado uma nova política para driblar problemas como vandalismo, evasão, brigas, desrespeito aos professores e outras formas de violência no ambiente escolar. A fórmula não tem muito segredo. O princípio básico é respeitar e fazer-se respeitar em vez de reprimir.
Os diretores do São José lembram, porém, que ao longo da confecção da receita entra também outro ingrediente fundamental: a capacidade de enxergar nas crianças e jovens a carência de afeto, quase sempre camuflada sob o comportamento agressivo. ''Tem gente que se assusta ao nos ver abraçados a alguns alunos. Mas a filosofia da escola hoje é esta a da educação na base do afeto'', diz a diretora-geral do colégio, Rosa Maria Tanios Yatsu.
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