A TCGL, empresa responsável pela maioria dos ônibus do transporte coletivo em Londrina, cerca de 65% dos veículos, trava uma “guerra jurídica” no início deste ano contra a Prefeitura e a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização). O motivo do conflito é a planilha de custo do sistema, fundamental para a construção técnica da tarifa do transporte coletivo, que também estipula a margem de lucro de uma concessionária prestadora do serviço público.
Além de ter o pedido de perícia deferido pela Justiça na planilha de custo de 2018, que teve decisão favorável da 1ª Vara de Fazenda Pública de Londrina, o que pode até resultar em pedido de indenização se comprovada as discrepâncias, no mês passado, o escritório de advogados que representa a TCGL já havia feito o pedido à Justiça para ter acesso aos números do orçamento do sistema público de transporte, que embasaram o valor de reajuste da nova passagem, que entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 2023.
A Prefeitura de Londrina foi notificada e ainda tem cerca de 15 dias para responder aos questionamentos na primeira instância da Justiça. Já a CMTU tem um prazo menor estipulado, que vence nesta sexta-feira (10), e precisa apresentar documentos e informações sobre a composição técnica da tarifa, que leva em conta todos os custos necessários para manutenção do serviço prestado pela empresa particular.
Leia mais:
Londrina: Alunos da rede municipal deverão receber material escolar em 2025
Mais de 130 mil cartas do Papai Noel dos Correios estão disponíveis para adoção
Prefeitura abre licitação para finalização das obras de restauro do Museu de Arte de Londrina
Caixas de Correios temáticas despertam a curiosidade de quem passa pelo Bosque de Londrina
Na petição, a TCGL mostra um documento que foi protocolado no dia 23 de dezembro, endereçado ao prefeito Marcelo Belinati (PP), com argumentos sobre o aumento do custo do transporte no país e a queda de passageiros após a pandemia da Covid-19, o que gerou o “desequilíbrio econômico-financeiro” da empresa.
A empresa afirma que não houve resposta ao documento e a outros protocolos realizados até o dia 30 de dezembro do ano passado. “Mais uma vez, a planilha tarifária do serviço público de transporte coletivo urbano de passageiros restou elaborada pela CMTU/LD, de forma unilateral”, alega a petição, que ainda ressalta que a Companhia não ouviu as operadoras do sistema na discussão sobre os valores da nova passagem.
Conforme a concessionária, a tarifa de remuneração (que paga as empresas) seria de R$ 7,76, o que é considerado inviável para o usuário, por isso a Prefeitura de Londrina subsidia parte do valor. No entanto, a TCGL questiona o fato do valor calculado e anunciado pelo Município durante coletiva de imprensa foi de R$ 6,50. Com o aporte municipal, o valor atual pago pelos passageiros é de R$ 4,80.
CONTINUE LENDO NA FOLHA DE LONDRINA