Estudantes, professores e pesquisadores de várias áreas da UEL (Universidade Estadual de Londrina) participam de oficinas formativas do projeto de extensão que trata da relação do povo habitante da terra indígena Apucaraninha com o território e a energia elétrica.
A iniciativa tem o objetivo de identificar hábitos de uso de equipamentos eletroeletrônicos e orientar medidas de eficiência energética aos cerca de dois mil indígenas da reserva.
A proposta é fazer um diagnóstico energético no local, onde existem aproximadamente 400 unidades consumidoras, distribuídas em cerca de 80 hectares. A Terra Indígena é formada pelas aldeias Sede, Água Branca, Serrinha e Barreiro.
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As oficinas começaram em outubro, sempre na Sala de Teleconferências do CTU (Centro de Tecnologia e Urbanismo), com transmissão pela plataforma Google Meet.
Nas primeiras palestras, participaram nomes como o do antropólogo Eduardo Tardeli e da doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social (Cesa) da UEL, Gilza Pereira Kaingang.
O projeto teve oficinas em 26 de outubro e 9 de novembro, e contará com outras ainda neste mês, nos dias 17 e 23. O ciclo formativo termina em 1º de dezembro com o tema “Pesquisa de Campo no Território Indígena” e posterior planejamento das ações do projeto.
Segundo a coordenadora Juliani Piai, professora do Departamento de Engenharia Elétrica (CTU), a proposta partiu de uma demanda dos próprios indígenas por meio da Assistência Social da Prefeitura de Londrina e de docentes do curso de Serviço Social da UEL.
Alinhados com os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), que integram a Agenda 2030, os participantes do projeto pretendem promover eficiência energética e segurança nas instalações elétricas (Meta 7), além de incentivar a sustentabilidade do território (Meta 11) e a redução das desigualdades (Meta 10).
O projeto selecionou estudantes das áreas de Geografia, Engenharia Elétrica e Serviço Social da UEL. Estudantes Kaingangs da Terra Indígena foram convidados a integrar o projeto e até o momento quatro deles estão participando das atividades. Também são parceiros da iniciativa a Copel (Companhia Paranaense de Energia) e a UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados).
A reserva tem em seu interior a Usina Hidrelétrica Salto Apucaraninha, considerada uma PCH (Pequena Central Hidrelétrica), com capacidade instalada de 10 MW.