Dados da prefeitura indicam que Londrina possui 310 vielas, que ficam principalmente nos bairros mais antigos. A reportagem percorreu algumas regiões para saber se esses atalhos mais ajudam ou atrapalham. Tanto situação das áreas quanto a opinião de quem mora próximo são bem diferentes.
Na zona leste, uma viela ultrapassa as ruas Catarina de Bora, Maria Madalena e Teresa de Ávila, jardim Roveri. Morador da última rua, o microempresário Moacir Azalim Pereira disse que nunca sofreu violência, mas que se previne. "Sempre oriento o meu filho a dar uma volta no quarteirão para sempre ver quem pode estar na viela." O movimento fica por conta de usuários de drogas e até mesmo de motociclistas cortando caminho. E a iluminação, segundo ele, é precária. "Quando (poste de iluminação) funciona, fica bom, senão fica uma escuridão danada e é perigoso."
Ainda na região leste, a professora aposentada Janete Massabki sobe com dificuldade a viela entre as ruas Capitão João Busse e e Numberto Nóbile, no jardim Califórnia. Rezando o seu terço, ela lamenta o descaso. "Acho importante ter as vielas, porque as ruas daqui são longas. Mas isso aqui está um horror", apontando a sujeira e o mato alto. "
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Na zona sul, os locais visitados estão bem cuidados. A enorme viela entre as ruas Flor do Campo, das Violetas, dos Lírios e rua do Trevo-Branco, no parque Ouro Branco, é de muita importância. "Temos um postinho de saúde e o hospital aqui perto, então o povo usa bastante", destacou a dona de casa Adriana Cristina Oliviero. A limpeza, segundo ela, é feita por quem mora ao redor.