Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Possível aliança?

Lula e Geraldo Alckmin fazem encontro público neste domingo

Carolina Linhares e Bianka Vieira/Folhapress
20 dez 2021 às 10:51
- Reprodução/Facebook
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O ex-presidente Lula e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin fizeram neste domingo (19) sua primeira aparição conjunta em público em meio a articulações para que o ex-tucano seja vice do petista na disputa para a Presidência nas eleições de 2022.


O esperado encontro entre os dois ocorreu durante um jantar promovido pelo grupo de advogados Prerrogativa, que contou com cerca de 500 convidados no restaurante A Figueira Rubaiyat, em São Paulo.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade

O ex-presidente Lula chegou por volta das 19h20 e entrou pelos fundos do restaurante, afastado de jornalistas. O ex-governador Alckmin também chegou de forma discreta.

Leia mais:

Imagem de destaque
Anote essas dicas

Comprou, financiou ou vendeu imóvel em 2023? Saiba como declarar no Imposto de Renda

Imagem de destaque
Após postagens de Elon Musk

Liberdade de expressão não é liberdade de agressão, afirma Alexandre de Moraes

Imagem de destaque
Entenda

Justiça nega pedido de exumação e traslado do corpo de Gal Costa; advogadas do filho vão recorrer

Imagem de destaque
Nesta sexta

Londrina terá ação educativa com crianças para combater a violência contra animais


Na entrada do jantar, petistas defendiam a manutenção da candidatura de Haddad, enquanto aliados de França pregam que ele concorra ao Senado e deixe o caminho para o Bandeirantes livre para o pessebista.

Publicidade


O argumento no PT é o de que o partido é maior em São Paulo do que o PSB e, portanto, teria mais estrutura para a campanha e para angariar votos.


O entendimento geral, contudo, é o de que não há espaço para que Haddad e França se enfrentem nas urnas e, por isso, alguém vai ter que abrir mão da candidatura ao Governo de São Paulo.

Publicidade


Do lado de fora do estacionamento, havia ao menos quatro apoiadores de Lula -um deles com boné do PCO (Partido da Causa Operária). Seguravam placas com os dizeres "Fora Bolsonaro. Lula presidente". No verso, à caneta: "Alckmin não".


Um bolsonarista também foi ao local, com uma camiseta "Supremo é o povo".

Publicidade


Dentro do restaurante, a área reservada a Lula, Alckmin e outros políticos foi separada dos demais convidados do mundo jurídico. O local era cercado por um biombo. Lula e Alckmin se sentaram na mesma mesa no jantar.


O clima era descontraído e a conversa, segundo políticos presentes, girou em torno de assuntos gerais. Os detalhes do acerto entre Lula e Alckmin não seriam discutidos diante do público, dizem aliados de ambos.

Publicidade

Além de Lula , também compareceram os governadores Paulo Câmara (PSB-PE), Wellington Dias (PT-PI) e Rui Costa (PT-BA); e o prefeito do Recife, João Campos (PSB).


O jantar contou ainda com a secretária de Relações Internacionais da cidade de São Paulo, Marta Suplicy; com o ex-prefeito de SP Fernando Haddad; com os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Omar Aziz (PSD-AM) e o com ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (sem partido-RJ).

Publicidade


O ex-senador Arthur Virgílio foi o único tucano visto entre os políticos. Estavam presentes ainda o ministro do TCU Bruno Dantas, a chef Bela Gil e a filósofa Djamila Ribeiro.


Até agora, a articulação para que o paulista seja vice de Lula vinha ocorrendo nos bastidores. Para entusiastas da ideia, a participação de ambos no evento marca essa aproximação.

Publicidade


Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (17) mostra que, para 70% dos eleitores, a hipótese da chapa Lula-Alckmin não altera a chance de votar no petista, que lidera a corrida com 48%. O presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece em segundo com 22%.


O jantar ocorre após a saída de Alckmin do PSDB, anunciada nesta semana. A migração do ex-governador também foi vista como um avanço na direção da formação da chapa, articulada sobretudo pelo ex-governador Márcio França (PSB) e pelo ex-prefeito Fernando Haddad (PT).


Um dia após a desfiliação, Alckmin publicou no Twitter que "o diálogo é o primeiro passo para enfrentarmos os desafios, avançar e garantir a retomada do crescimento".


"Nosso país precisa de pacificação", disse. "O momento exige grandeza política, espírito público e união", completa. O discurso faz referência à propagada união de adversários para a superação do bolsonarismo.

Caso decida seguir caminho da aliança com Lula, Alckmin deve se filiar ao PSB. O ex-governador também foi convidado a se filiar no PSD para concorrer ao Governo de São Paulo.


Na manhã deste domingo, em mais uma sinalização de aproximação com a esquerda, Alckmin tomou café da manhã com o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ), que publicou uma foto falando em "diálogo, espírito público e responsabilidade".


A verba arrecadada com o jantar, que contou com a participação de outros políticos, juristas e professores, será doada para a campanha "Tem gente com fome", da Coalizão Negra por Direitos. Como mostrou a coluna Mônica Bergamo, até agora, o jantar levantou mais de R$ 200 mil em doações.


Em encontro com dirigentes de centrais sindicais, no dia 29 de novembro, Alckmin obteve apoio para a dobradinha com Lula e disse que a hipótese caminhava.


Ao comunicar que iria se desfiliar do PSDB, o ex-governador Geraldo Alckmin deixou mais claro a pessoas próximas que hoje está propenso a encampar o projeto de ser candidato a vice ao lado do petista.


Segundo relatos, o agora ex-tucano verbalizou que precisa pensar no país e que se aliar a uma chapa pode trazer a candidatura de Lula para o centro, afastando tentativas de atrelar a ela a pecha de radical de esquerda.


Aliados de Alckmin que conversaram com ele nos últimos dias o veem maduro na decisão.

Publicidade

Últimas notícias

Publicidade