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Injúria racial

Mulher acusa Magazine Luiza de racismo após receber e-mail

UOL/Folhapress
08 jan 2025 às 15:30

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- Divulgação
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Uma mulher negra, de 35 anos, relatou ter sido vítima de injúria racial ao receber um e-mail da empresa Magazine Luiza sendo saudada por ''olá, macaca'' no último sábado (4).

Susan Sena, moradora de São Paulo, fazia a compra de uma máquina de lavar pelo aplicativo da loja quando o caso aconteceu. Antes de realizar o pagamento, ela descobriu que precisava atualizar seus dados de cadastro, que já não eram os mesmos desde a última compra, conforme relato publicado nas redes sociais.

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Na sequência, teria recebido e-mails de confirmação de etapas após troca de endereço, senha e reconhecimento facial. No dia seguinte, ao verificar o status do pedido, a cliente se surpreendeu ao perceber que uma das mensagens começava com ''Olá, Macaca''. No restante, foi chamada pelo próprio nome, Susan.

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"Eu saí do e-mail, atualizei a página, fechei o Outlook e entrei no meu cadastro para ver como estava escrito meu nome. Eu fiquei parada uns 20 minutos na cama, sem entender o que aconteceu. Isso é muito sério, eu já chorei em casa, na rua e na delegacia", disse Susan Sena.

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Sobrenome da cliente foi registrado como ''macaca''. À TV globo, Susan informou que uma funcionária do setor de diversidade e inclusão da rede entrou em contato para se desculpar. A mulher disse ainda que alguém teria colocado o último nome dela como ''macaca'' no cadastro.

O caso foi registrado como injúria racial no 50º Distrito Policial do Itaim Paulista. ''Já registrei um Boletim de Ocorrência e estou tomando todas as medidas legais para que os responsáveis sejam identificados e punidos'', afirmou.

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O QUE DIZ A MAGALU

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Em nota, a Magazine Luiza lamentou a situação. A empresa afirmou ainda que o ocorrido não tem relação com o processo de biometria, que se trata de uma operação ''100% digital, sem qualquer interação humana''. 


''O mesmo acontece com as mensagens de confirmação enviadas pela Magalu para os consumidores'', acrescentou.

A Magalu disse ter adotado medidas para evitar que casos semelhantes aconteçam novamente com a cliente. ''A companhia já excluiu o campo "apelido" de seus formulários cadastrais e adotou uma lista de palavras inapropriadas, que passarão a ser vetadas no momento do preenchimento do cadastro'', explicou.


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