Atualmente 2,5 milhões de domicílios não têm energia elétrica. São 12 milhões de brasileiros que estão no escuro. Por causa desse quadro, a ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef, disse que o Brasil possui o equivalente a "uma Hungria de excluídos do abastecimento de energia".
Uma saída para esse problema é o uso de energia renovável, como o biodiesel – feito de resíduos orgânicos como o bagaço de cana-de-açúcar e de mamona –, a energia solar e eólica. Consideradas fontes limpas de energia, essas alternativas também trazem benefícios para o meio ambiente, como a redução da emissão de gás carbônico.
Para discutir a ampliação do uso dessas fontes de energia, o Brasil está sediando a Conferência Regional da América Latina e Caribe sobre Energia Renovável. O encontro é uma preparação para a conferência internacional que vai ser realizada ano que vem na Alemanha.
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Até o final do dia, os países participantes vão elaborar um documento com as propostas que vão ser apresentadas em Bonn, Alemanha. Uma delas é a exigência de que pelo menos 10% da energia consumida no mundo seja de origem renovável.
Dilma Roussef destacou a importância dos recursos naturais disponíveis para que o país avance ainda mais. Segundo ela, o Brasil tem condições de gerar 143 mil megawatts de energia pelo vento. A ministra ressaltou ainda a necessidade de uma política pública para ampliar a produção e a implantação de novas tecnologias.
Dilma anunciou que serão investidos R$ 4 bilhões nas indústrias de equipamentos e materiais para ampliar o setor de energia renovável. O investimento deve ser responsável também pela geração de 150 mil novos empregos diretos e indiretos.
Na geração de energia limpa, a situação do Brasil é avançada. Cerca de 41% da energia consumida no país é de fonte limpa. O Brasil emite em torno de 1,7 toneladas de gás carbônico por tonelada equivalente de petróleo. A média mundial é de 2,4 toneladas de gás carbônico por tonelada equivalente de petróleo.
A redução do uso de fontes originadas do petróleo é uma das principais preocupações ambientais. O ministro do Meio Ambiente da Alemanha, Jürgen Trittin, alertou para o fato de que a temperatura média mundial deve aumentar de 1,4 a 5,8 graus neste século. Com o encontro, Trittin disse que espera que essa estimativa mude para uma média máxima de dois graus.
Tanto Jürgen Trittin quanto a ministra brasileira do Meio Ambiente, Marina Silva, disseram que os esforços na Cúpula de Joanesburgo, em 2002, fracassaram neste sentido. Nenhuma meta global concreta para aumento do uso de energia renovável foi firmada, principalmente por causa da resistência de países árabes e dos Estados Unidos, principais consumidores de petróleo.