Cerca de 36% da população que trabalha, com 16 a 59 anos, está fora do regime de previdência social, mostra pesquisa divulgada nesta sexta-feira (1º) pelo Ministério da Previdência. Esses 28,8 milhões de brasileiros têm, em sua maioria, entre 30 e 40 anos. Recebem de um a dois salários mínimos e trabalham no setor de serviços, comércio ou trabalho doméstico. Não têm nenhuma garantia de ter alguma renda quando não tiverem mais idade trabalhar.
Incluí-los é o desafio para os próximos anos, segundo o secretário de Políticas de Previdência Social, Helmut Schwarzer. Do total citado, cerca de 12 milhões sequer tem rendimento suficiente para contribuir com a previdência, pois têm renda abaixo de um salário mínimo. A alternativa para que no futuro essas pessoas alcancem um patamar que permita a contribuição, segundo Schwarzer é que "sejam alvo de políticas de geração de emprego e renda e de políticas de fortalecimento do mercado de trabalho". As informações são da Agência Brasil.
Dados da pesquisa mostram que os empregadores têm índice maior de informalidade do que os empregados. Enquanto 61% dos empregadores contribuem com a previdência, entre os empregados esse percentual é de 69,9%. Das pessoas que trabalham por conta-própria, apenas 15,8% contribuem.
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A análise por por região mostra que Santa Catarina é o estado com maior número de pessoas que recebem algum benefício da previdência, 76,7%. Na outra ponta está o Pará com apenas 45,6%.
A pesquisa do ministério usa dados de última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) que é de 2005.