Dados apresentados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), no Panorama Laboral 2003, mostram que mais de 55 milhões de brasileiros enfrentam problemas de exclusão social, ou seja, a maior parte da população economicamente ativa (PEA).
Segundo o levantamento, a população de raça negra e as mulheres enfrentam dificuldades tanto para se inserir no mercado de trabalho como para possuir condições adequadas de remuneração e proteção social, se comparada com a população de homens brancos.
As mulheres brasileiras têm uma taxa de participação no mercado de trabalho de 55%, número superior à taxa média da América Latina que é de 45%. A porcentagem de desemprego variou de 6% a 9%, entre 1992 e 2001, para todas as idades e níveis de escolaridade.
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No entanto, entre mulheres e negros o nível de desemprego foi 50% superior ao dos homens brancos em 1992 e 58% superior em 2001. A pesquisa revela também diferenças na distribuição de homens e mulheres, brancos e negros, no mercado formal e informal da economia.
De acordo com o levantamento, em vez de critérios de seleção com base na escolaridade ou talento, leva-se em consideração as características raciais, étnicas e sexuais, nos contratos de trabalho. Essa discriminação dirige a população excluída para o mercado informal.
Os dados da OIT foram obtidos com base na Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílios (Pnad) do IBGE.