A luta para dar sobrevida ao bebê britânico Charlie Gard tem sido o foco das forças diplomáticas no Vaticano desde que a Corte Europeia de Direitos Humanos ordenou que os equipamentos do bebê de 10 meses fossem desligados.
De acordo com fontes, o Estado tentou até mesmo conceder a cidadania vaticana ao pequeno bebê para tentar transferi-lo para o hospital pediátrico mantido pela Santa Sé, o Bambino Gesù, mas as tentativas foram em vão.
Isso porque, mesmo se conseguissem dar a cidadania ao pequeno bebê, o hospital que fica em Roma seria obrigado a cumprir a determinação judicial de tirar os aparelhos da criança.
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De acordo com a presidente do Bambino Gesù, Mariella Enoc, tanto as autoridades da Itália e do Vaticano, como as do hospital, receberam a mesma resposta: só poderia ser feita a transferência se a entidade desligasse os aparelhos. "E óbvio que respondemos não", acrescentou a líder.
Desde a última segunda-feira (3), a Santa Sé luta para encontrar formas para que Charlie seja mantido vivo enquanto seu corpo funcionar. No entanto, as possibilidades até o momento não indicam um caminho nesse sentido para o bebê.
O caso de Charlie tem comovido a Europa, especialmente, após a Corte de Direitos Humanos mandar desligar os aparelhos. O bebê sofre de uma doença rara e incurável chamada de miopatia mitocondrial, que causa a perda progressiva da força muscular.
Os pais do bebê Connie Yates e Chris Gard são contrários ao desligamento e até chegaram a fazer uma arrecadação virtual para que Charlie recebesse um tratamento experimental - já que as curas tradicionais não fazem mais efeito.
No entanto,apesar de conseguir mais de 1,4 milhão de euros, eles não conseguiram essa autorização das autoridades e lutam contra o tempo para salvar a vida do menino.