Atualmente apenas 28% dos resíduos industriais são tratados no Brasil. Mas a perspectiva da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos (Abetre) é de que este número dobre nos próximos cinco anos. Essa expectativa, de acordo com o presidente da Abetre, Carlos Roberto Fernandes, é explicada principalmente em função da severidade da Lei de Crimes Ambientais e do risco para a empresa de gerar um grande passivo ambiental, acumulando ações necessárias para recuperação do ambiente, muito mais caras do que se implantasse sistemas de prevenção.
O consultor em Direito Ambiental, Edis Milaré, um dos maiores especialistas brasileiros em legislação ambiental, também se mostrou otimista em sua palestra. ``A tendência é melhorar bastante principalmente se for aprovada a Lei Nacional de Resíduos Sólidos, que está em tramitação no Congresso Nacional.``
A nova lei prevê a responsabilidade solidária, ou seja, estabelece competências aos indivíduos, órgãos e empresas, estabelecendo inclusive um piso mínimo para a legislação ambiental, de modo que todos os estados sigam um mínimo de rigor comum. ``Essa lei cabe no caso dos pneus, das baterias, por exemplo. Quem gerou o lixo tem que responder pelo seu destino.``
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``As empresas também estão cada vez mais se procupando com a sua imagem, a sociedade também está cobrando um comportamento correto, sem falar na necessidade cada vez mais premente das indústrias obterem certificação como o ISO 14.000, concedida a quem tem atuação ecologicamente correta e cada vez mais exigida para a exportação``, explicou Fernandes em Curitiba, nesta terça-feira, durante um ciclo de palestras, que abordou a responsabilidade das indústrias e legislação ambiental.
*Leia mais na edição desta quarta-feira da Folha de Londrina