Levantamento inédito realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e a organização não-governamental (ONG) Trata Brasil, criada recentemente, revela que o esgotamento sanitário é o serviço público de pior qualidade ofertado aos brasileiros.
Segundo antecipou à Agência Brasil o coordenador do Centro de Políticas Sociais da FGV, Marcelo Néri, o esgoto é o serviço que tem "a menor taxa de acesso, menor crescimento de acesso e a pior qualidade percebida entre coleta de lixo, luz e serviço geral de água".
O esgotamento sanitário evoluiu pouco no Brasil. Nos últimos 14 anos, o acesso a esse serviço passou de 36% para 47%. "Está crescendo menos de 1% ao ano nos últimos anos, enquanto, por exemplo, acesso a computador está crescendo quatro pontos de porcentagem por ano", disse Néri.
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As projeções da FGV são de que o déficit de saneamento vai cair à metade em 56 anos, se o Brasil continuar avançando no mesmo ritmo dos últimos 14 anos. Desse modo, metade dos 47% que hoje não têm acesso a saneamento, ou seja, 26% dos brasileiros, só atingiriam essa situação em 56 anos.