O total de acidentes na aviação civil do Brasil, em 2007, atingiu o maior nível em dez anos. Segundo estatística divulgada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), 78 acidentes aéreos civis foram registrados no Brasil até 8 de novembro deste ano e a previsão, segundo o próprio documento, é que outros sete acidentes ocorram até o final de 2007. Esse é o maior número desde 1997, quando foram registrados 75 acidentes – 33 deles na aviação geral, que não engloba a aviação militar nem a de vôos regulares e comerciais.
Dos 78 acidentes registrados neste ano, 26 foram fatais e 30 ocorreram na aviação geral. Desse total, 62 acidentes aconteceram em aviões e 16, em helicópteros. Por causa do desastre com o Airbus da TAM, o número de mortos subiu para 262, o maior registrado desde o início das análises do Cenipa, em 1990. Dessas mortes, 12 ocorreram em acidentes de helicópteros.
Desde 1995, o total de mortes só foi maior que cem por três vezes, influenciados por três graves acidentes na aviação regular brasileira. Em 1996, o número de mortes chegou a 188, sendo 99 apenas no acidente com o Fokker 100 da TAM, que caiu em São Paulo. No ano passado, morreram 215 pessoas em acidentes aéreos, 154 delas na queda do avião da Gol no Mato Grosso.
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De acordo com balanço do Cenipa, 632 acidentes ocorreram na aviação civil brasileira desde 1998, dos quais 250 foram fatais. Nos últimos nove anos, o número de mortos nesses desastres foi de 982 pessoas.
O Cenipa define um acidente aeronáutico "como toda ocorrência relacionada com a operação de uma aeronave", inclusive durante o embarque e desembarque dos passageiros. Para caracterizar o acidente, é necessário ocorrer uma lesão grave ou morte, desaparecimento ou danos à aeronave.
De acordo com a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), que tem estatísticas mais amplas sobre os acidentes aéreos, o maior número de acidentes foi registrado em 1983, quando 421 desastres provocaram 146 mortes. A maior quantidade de mortes (306) foi registrada em 1982, quando houve 375 acidentes. Diferentemente do Cenipa, que atualizou os números neste mês, a Anac está sem atualizar os dados desde agosto.
As informações são da Agência Brasil.