A história recente do mundo registra vários acidentes nucleares que deixaram marcas e ainda causam medos. Um dos mais lembrados é o de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986. Na ocasião, houve uma explosão seguida por um incêndio em um reator, que emitiu partículas radioativas que se espalharam por milhares de quilômetros quadrados. O episódio foi classificado com nível 7 e é apontado como o responsável por gerar mais de 4 mil casos de câncer.
Outro acidente nuclear classificado com nível 7 foi o ocorrido recentemente, no Nordeste do Japão, na Usina de Fukushima Daiichi. Após o terremoto seguido por tsunami, no dia 11 de março, a estrutura da usina foi abalada e houve explosões e vazamentos. A água e o ar foram contaminados por partículas oriundas da usina.
A decisão de elevar o nível de ameaça em Fukushima foi tomada depois que especialistas estimaram o nível de radiação em 10 mil terabecqueréis por hora na usina de Fukushima por várias horas. O Japão também decidiu ampliar a zona de evacuação em torno da usina nuclear afetada por causa da preocupação com o vazamento radioativo. A zona passará a incluir cinco comunidades fora do raio de 20 quilômetros estabelecido anteriormente.
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Em 1957, um acidente radioativo na usina de Kyshtym, na Rússia, foi classificado com nível 6. Na ocasião, houve uma explosão em um tanque gerando centenas de casos de câncer e contaminação de centenas de quilômetros quadrados.
No mesmo ano, em Windscale, Grã-Bretanha, o incidente foi classificado com nível 5. Um incêndio em um reator provocou contaminação da região próxima e pode ter gerado 240 possíveis casos de câncer.
E 1979, nos Estados Unidos na Usina de Three Mile Island, uma falha no equipamento levou à fusão nuclear de grande escala e danos graves ao reator. Até agora, o grau de gravidade da crise nuclear no Japão estava no nível cinco, o mesmo do acidente em Three Mile Island.