Os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) de todo o país decidiram encerrar a greve iniciada no dia 13. O acordo para a suspensão da greve, firmado no Tribunal Superior do Trabalho (TST), prevê reajuste salarial de 3,74%, mais R$ 500 de abono, R$ 60 a partir de janeiro de 2008, aumento do vale-refeição para R$ 17. A greve chegou na Justiça do Trabalho porque não houve acordo na negociação entre trabalhadores e diretores da estatal.
O ministro Moura França, responsável pelo dissídio coletivo no TST, considerou a negociação "exaustiva, porém madura". E acrescentou: "Numa negociação, o que deve prevalecer é a boa-fé, além dos interesses respectivos das categorias profissionais e econômicos, porque os dirigentes sindicais não são donos do sindicato e nem os dirigentes das empresas são donos das empresas".
Para o representante da Federação Nacional dos Empregados em Empresas de Correios, Telégrafo e Similares (Fentect), Manuel Cantuara, as negociações nas assembléias estaduais foram "apertadas" e os funcionários não saem do processo totalmente satisfeitos com a proposta acordada. "As condições de salário e as condições de trabalho estão muito longe de ser satisfatórias", disse. Atualmente, um servidor da ECT em início de carreira ganha R$ 524 mensais.
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Inicialmente, os servidores pediam 47,7% de reajuste, mais R$ 200 de aumento linear para todos os trabalhadores, além de um novo plano de cargos e salários. A categoria não havia aceitado a primeira a proposta da diretoria dos Correios após a greve - abono de R$ 400 e inclusão dos pais dos funcionários no plano de saúde. Segundo informações dos Correios no início da greve, entre 2003 a 2007, os empregados tinham acumulado reajustes de 103%, contra uma inflação de 46,8%.
ABr