A utilização abusada de webcam tem criado jovens astros e estrelas da pornografia na internet, cujas cenas são comercializadas online muito tempo depois de seus sites terem desaparecido. Nesse mundo, adolescentes anunciam o horário da sua próxima masturbação para clientes que pagam taxas pelo desempenho ou assinaturas mensais. Os clientes mais afoitos podem até comprar "atuações privadas" nas quais os adolescentes se exibem seguindo instruções dadas em tempo real.
Uma investigação feita pelo The New York Times durante seis meses nessa área da internet descobriu que tais sites surgiram sem atrair a atenção dos agentes da lei nem das organizações de proteção à infância.
Embora especialistas pertencentes a essas entidades tenham dito ter testemunhado uma recente avalanche de imagens ilícitas geradas por webcams, eles não sabiam que menores de idade tinham passado a vender imagens de si mesmos por dinheiro.
Leia mais:
ONU vê militarização de escolas como ameaça ao direito de ensino
Pantone declara 'Mocha Mousse', marrom suave e evocativo, como a cor do ano 2025
Jornalista paranaense é assassinado a tiros no México, diz imprensa local
Time de vôlei dos EUA sofre boicote e atrai polêmica sobre participação de transgêneros em esportes
Alguns adolescentes acabam virando mercadorias pornográficas inadvertidamente. Jovens que apareceram nus diante de sua webcam como uma brincadeira ou como um presente trocado entre namorados tiveram sua imagem colocada em sites pagos de pornografia. Um site na web anuncia ter 140 mil imagens de "adolescentes em graciosas calcinhas exibindo-se via webcam".
As proporções da pornografia por meio da webcam ainda são desconhecidas, porque é nova e extremamente secreta. Um portal online que anuncia sites pagos de webcam, muitos deles pornográficos, lista ao menos 585 sites criados por adolescentes. Numa lista para adultos que têm atração por adolescentes na internet, um exame das mensagens postadas durante uma semana revelou imagens de webcam de ao menos 98 menores de idade.
A reportagem do New York Times já resultou numa investigação criminal de larga escala.