Teve repercussão na imprensa, nesta quinta-feira (30), a decisão da milionária americana Leona Helmsley, que deserdou dois netos pouco antes de morrer e deixou US$ 12 milhões para seu cachorrinho Trouble, o principal beneficiário da fortuna no testamento. Mas não foi só nos EUA que ocorreu um fato dessa natureza. Uma história parecida aconteceu no Brasil, em 1995, na capital gaúcha.
De acordo com informações do Espaço Vital, em Porto Alegre, três gatos dividiram, há 12 anos, as relações de uma tradicional família gaúcha, cujos integrantes são donos de um apreciável patrimônio - hoje em torno de R$ 9,5 milhões - resultado da exploração de uma linha urbana de ônibus.
Aos 51 de idade, a advogada L.C.B, que vivia de rendas, solteira e sem filhos, faleceu vitimada por um infarto. No entanto, ela deixou um codicilo deixando o apartamento residencial em que morava para Puppy, Branquinho e Laika – justamente seus três gatinhos de estimação.
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A decisão da advogada de deixar o imóvel para os gatos foi tornada sem efeito pela 8ª Câmara Cível do TJRS em 09 de abril de 1997. O então relator, desembargador Vasco Della Giustina - atual 3º vice-presidente do TJRS - concluiu seu voto afirmando que "a doação para os gatos não se constitui nem em testamento, nem em codicilo".
A Câmara mandou que todo o patrimônio fosse partilhado entre os três irmãos da advogada falecida e os sobrinhos que representavam o quinhão relativo a um outro irmão que já morrera.