O advogado José Carlos Ramos, de 48 anos, está preso na Custódia da Superintendência da Polícia Federal de São Paulo, na capital paulista, e aguarda a decisão da Justiça.
Na quinta-feira, ele foi detido em flagrante, quando tentava subornar com dinheiro um funcionário do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em São Bernardo do Campo, para tentar liberar Certidões Negativas de Débito de obras de construção civil irregulares.
O advogado foi enquadrado no Artigo 333, do Código Penal, por crime de corrupção ativa. A prisão foi resultado de investigação de uma força-tarefa formada por auditores do INSS, agentes e delegados da Polícia Federal, advogados e procuradores do Ministério Público Federal, que atua com 16 grupos no país, buscando e identificando fraudadores do sistema e sonegadores.
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Em São Paulo, de janeiro a agosto deste ano, 382 aposentadorias, pensões e auxílios do INSS foram cancelados por irregularidades. Os casos foram apuradas pela força-tarefa e representaram economia mensal de R$ 460 mil aos cofres do INSS.
Até o fim do ano, devem ser checados um milhão de benefícios com indícios de irregularidades, para evitar o desvio de até R$ 4 bilhões. Neste ano, o INSS deve destinar R$ 107 milhões ao pagamento de 21,4 milhões de aposentadorias e pensionistas.