Advogados da Organização Não Governamental (ONG) Terra de Direitos e de outras instituições de Direitos Humanos vão ingressar nesta segunda-feira, em Brasília, com um pedido de hábeas corpus preventivo junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) com a intenção de evitar que o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Jaime Amorim, seja detido novamente.
A prisão preventiva de Amorim foi determinada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco sob a alegação de que o líder do MST seria responsável pelos danos causados ao patrimônio público quando participou de um protesto contra a guerra do Iraque, em novembro do ano passado. A manifestação ocorreu em frente ao consulado dos Estados Unidos, no centro do Recife, e reuniu um grupo de 200 trabalhadores rurais.
Na ocasião, o prédio do consulado foi apedrejado e pichado com tinta vermelha. A assessoria de imprensa do MST informou que o pedido de prisão de Jaime Amorim foi feito pela diretoria do consulado norte-americano, em carta encaminhada ao secretário estadual de Segurança Pública, Rodney Miranda.
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O coordenador estadual do MST, Joba Alves, diz que a decisão do tribunal é política. Segundo ele, Amorim, que foi preso no dia 21 de agosto e permaneceu oito dias detido no Centro de Triagem em Abreu e Lima, na região metropolitana do Recife, prestou depoimento sobre o episódio na 5ª Vara Criminal do Fórum Joana Bezerra e foi posto em liberdade depois que o STJ reconheceu a ilegalidade na prisão.
Amorim está em Roraima, onde participa de jornada de ocupações de terras, e deve retornar a Pernambuco na próxima semana, segundo informou o movimento.
Agência Brasil