Um importante membro da Al Qaeda disse a autoridades americanas que a rede terrorista tinha preparado um plano para realizar ataques ao Japão durante a Copa do Mundo de 2002, segundo a edição deste sábado do jornal "Sankei Shimbun".
As notícias surgem em um momento de crescentes preocupações no Japão sobre possíveis ataques ao país, por sua decisão de enviar tropas não-combatentes, em uma missão de reconstrução, ao Iraque.
Esses temores aumentaram devido a notícias do ano passado, segundo as quais a Al Qaeda iria "atacar o coração de Tóquio" se o Japão enviasse tropas ao Iraque.
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As autoridades norte-americanas teriam obtido a informações dos planejados ataques durante a Copa do Mundo de Khalid Shaikh Mohammed, o suposto organizador dos ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos, disse o jornal "Sankei Shimbun", citando uma fonte governamental.
Shaikh Mohammed foi capturado no Paquistão em março do ano passado e agora está sob custódia americana.
A agência de notícias Kyodo publicou uma notícia similar.
Segundo o "Sankei Shimbun", um dos principais membros da Al Qaeda disse a autoridades americanas que os ataques nunca se realizaram porque era difícil estabelecer um sistema de apoio por falta de muçulmanos no Japão, que junto com a Coréia do Sul sediou a Copa do Mundo de 2002.
Shaikh Mohammed já visitou o Japão.
O "Sankei Shimbun" citou fontes que disseram que Shaikh Mohammed esteve no Japão durante cerca de três meses em 1987 e recebeu treinamento no uso de maquinaria para perfurar rochas em uma empresa que fabrica equipamentos para construção em Shizuoka, no centro do país.
Além de ataques dentro de suas fronteiras, o Japão teme possíveis ações contra suas tropas na cidade de Samawa, no sul do Iraque.
Na quinta-feira, uma bomba lançada por foguete provocou uma explosão em Samawa, destruindo janelas em uma área residencial. O ataque não deixou feridos.
O ministro da Defesa do Japão, Shigeru Ishiba, declarou que, aparentemente, o ataque não tinha como alvo as tropas japonesas e não iria afetar as atividades de reconstrução no Iraque.
Informações Folha Online