O juiz Edson Ferreira da Silva, da 13ª Vara da Fazenda Pública, negou na manhã desta quinta-feira (24) o pedido do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo) para adiar a reintegração de posse na reitoria da Universidade de São Paulo (USP) --ocupada pelos estudantes desde o último dia 3. O juiz também atendeu a um pedido da USP contra o sindicato e concedeu liminar (decisão provisória) que proíbe atos ou protestos que causem transtornos e perturbações no campus.
A decisão, contra o sindicato, se estende aos alunos e vale para todas as unidades do campus. A unidade que descumprir a determinação poderá ser multado em R$ 1.000 por dia, entre outras sanções.
Nesta madrugada os manifestantes começaram a retirar seus colchões, travesseiros, mantas e outros objetos. Uma barricada de pneus ainda continua em frente ao prédio.
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Durante a madrugada os manifestantes haviam recebido a informação de que a PM cumpriria a ordem de reintegração de posse no início da manhã. Os estudantes insistem em não negociar a desocupação do prédio com a polícia.
No último dia 16, a 13ª Vara de Fazenda Pública expediu um mandado de reintegração de posse e, no mesmo dia, um oficial de Justiça foi até o local para entregar o documento, mas não foi recebido pelos alunos. A tropa de choque deu início aos preparativos da reintegração na última sexta-feira (18).
Na terça-feira (22) a reitora da USP, Suely Vilela, aceitou mais três reivindicações dos estudantes --café da manhã e almoço aos domingos; ônibus no campus aos finais de semana; e reestudo do prazo de júbilo-- com a condição que eles deixem a reitoria imediatamente.
Outras reivindicações são o aumento das vagas no Residencial da USP, contratação de mais professores, a substituição imediata dos docentes que se aposentam e uma reforma de faculdades.