O projeto de lei (PL) de Gestão de Florestas, aprovado essa semana pelo Senado, vai possibilitar a criação do primeiro Distrito Florestal Sustentável na área da BR 163, que corta a Amazônia. Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, a região compreende 16 milhões de hectares, sendo cinco milhões de hectares de manejo.
O distrito deve criar 205 empresas florestais gerando 18 mil empregos diretos. A expectativa é produzir 1,5 milhão de metros cúbicos de madeira e renda bruta de U$S 185 milhões.
Segundo o advogado e coordenador de biodiversidade e florestas do Instituto Sócioambiental (ISA), André Lima, o objetivo dessa área é permitir o desenvolvimento de atividades florestais mediante incentivos do governo.
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"O governo vai identificar determinadas áreas que tem vocação, aptidão florestal. É um tipo de zoneamento. Vai existir ali um incentivo do governo para inúmeras atividades voltadas para a área florestal, onde o governo vai estimular a geração de emprego e de renda dentro do setor", explicou.
André Lima informou, também, que a área da BR-163 tem um grande potencial florestal. Ele reclama da falta de projetos e programas de incentivo para atividades sustentáveis na região. "Entendemos que é uma iniciativa positiva. De fato, o governo tem que incentivar a atividade florestal. O Brasil não desenvolveu seu setor florestal, não obstante, mais da metade do país ou pelo menos da metade do país seja coberta por florestas", disse.
Ele lembrou da necessidade de criação de unidades de conservação - também previstas no PL - que permitem, por exemplo, proteção às áreas indígenas e populações tradicionais.
Informações da ABr