Representantes de organizações ambientalistas e de movimentos sociais promoveram manifestação, na manhã desta quinta, diante do Palácio do Planalto, contra a construção da Usina Nuclear Angra 3.
Os ativistas estenderam um tapete de 40 metros de largura por 10 metros de comprimento, com assinaturas de 14 mil pessoas contrárias à construção da nova usina nuclear.
O tapete foi entregue ao cerimonial da Presidência da República, que o encaminhará ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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Os ativistas apresentaram, ainda, um abaixo-assinado com 36 mil assinaturas, entregue à ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef. "Nós classificamos as usinas nucleares como inseguras, ultrapassadas, sujas e caras", resumiu Sérgio Dialetachi, coordenador da Campanha de Energia do Greenpeace.
Os ativistas defendem a aplicação do dinheiro que seria gasto com a construção de Angra 3 em energias renováveis, como a solar, eólica e de biomassa.
"Se fosse construída, Angra 3 geraria o que hoje representa 1% de toda a energia do país e esta não é uma solução energética para o Brasil", afirmou Dialetachi.
Apesar de dados oficiais informarem que a nova usina custaria US$ 2,5 bilhões, segundo Dialetachi o valor seria muito superior. "Angra 2, que tem estrutura semelhante à que se pretende para Angra 3, custou US$ 10 bilhões. E em 25 anos a usina precisa ser desmontada e desativada, mas esse custo não é computado: será deixado para gerações futuras", afirmou.
O Coordenador Geral da Sociedade Angrense de Proteção Ecológica, Ivan Marcelo Neves, defendeu que além de serem uma forma de energia "limpa", não produzem resíduos, as energias renováveis descentralizam a geração energética e, se bem utilizadas, produzem mais energia que uma usina nuclear.
Fonte: Agência Brasil