O ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush cancelou uma visita que faria à Suíça na próxima semana, por causa de preocupações com a segurança e da ameaça de processos judiciais. Segundo o porta-voz de Bush, David Sherzer, foi cancelada a participação de Bush em um jantar promovido pela organização Apelo Unido por Israel no dia 12 em Genebra.
"Lamentamos que o discurso tenha sido cancelado. O presidente Bush queria falar sobre liberdade e fazer reflexões sobre seu tempo na Presidência", disse o porta-voz. O advogado Robert Equey, da Apelo Unido por Israel, afirmou que a visita de Bush foi cancelada por causa do risco de que protestos convocados por grupos de esquerda resultassem em violência.
Equey disse ao jornal Tribune de Genève que a ameaça de processos na Justiça da Suíça contra Bush não influiu no cancelamento da visita. Várias organizações de defesa dos direitos humanos, entre elas a Anistia Internacional e o Centro por Direitos Constitucionais, sediado em Nova York, haviam anunciado que abririam protestos na Suíça contra Bush porque ele admitiu, no livro de memórias publicado recentemente, que ele mesmo autorizou o uso da técnica de tortura conhecida como afogamento simulado em suspeitos de terrorismo.
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Advogados disseram que os procuradores da Justiça da Suíça provavelmente não teriam tempo para examinar acusações contra Bush e emitir uma ordem de prisão, ou uma intimação para que ele respondesse a acusações, antes do fim de sua visita ao país. As informações são da Associated Press.