De acordo com os dados parciais de 2007 divulgados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), o número de conflitos agrários registrados de janeiro a setembro é menor do que o registrado no mesmo período de 2006. Foram 837, contra 1.414 nos nove primeiros meses do ano passado – uma redução de 40,8%.
Embora os dados dos últimos meses do ano ainda não estejam fechados, o quadro se manteve, segundo o advogado da CPT no Pará José Batista. Contudo, ele avaliou que a quantidade menor de conflitos não chega a ser um dado animador, porque se deve, em parte, a uma ausência de ações do governo para reforma agrária.
Em entrevista à Agência Brasil, José Batista disse que a avaliação de 2007 em relação à reforma agrária é negativa "porque o problema do campo não está sendo solucionado, a concentração da terra continua da mesma forma como vinha se procedendo nas últimas décadas e nos últimos séculos da história do Brasil".
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O Sudeste foi a única região que, nos nove meses computados, registrou aumento no número de conflitos agrários. O advogado disse que um dos motivos que levaram a isso foi o fato de a região ser uma área de expansão do agronegócio, principalmente culturas voltadas para a exportação e a produção de biocombustíveis.