Existem no Brasil 165 mil pacientes renais, mas apenas 60 mil recebem tratamento de hemodiálise, que são feitos em 70% dos casos em clínicas particulares porque o Sistema Único de Saúde (SUS) não tem capacidade de atendimento. Os dados são do presidente da Associação Brasileira de Clínicas de Diálise e de Transplante, Washington Luiz Corrêia, que participa de audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família para esclarecer denúncias de cartelização de serviços de hemodiálise no Brasil.
Washington Corrêia nega a existência de cartel no setor e atribuiu as parcerias entre clínicas e empresas fornecedoras de equipamentos e medicamentos à falta de apoio do Governo. Segundo ele, as associações tornaram-se necessárias porque valor do reembolso pago pelo SUS às clínicas é muito pequeno.
De acordo com o presidente da Associação, no entanto, essas parcerias não afetam a qualidade do atendimento, que tem padrão igualável ao de países desenvolvidos.
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Washington Corrêia disse também que muitas empresas desse segmento estão fechando porque não conseguiram se adequar às últimas exigências do Governo, como a compra de novos equipamentos e outras regras para seu funcionamento. Corrêia encerrou sua palestra inicial queixando-se de que "as clínicas estão vivendo uma crise sem precedentes".