Pelo menos 1 bilhão de pessoas vão emigrar até 2050, como conseqüência do aquecimento global, que agravará os conflitos e as catástrofes naturais atuais, adverte uma organização humanitária britânica.
Em seu relatório "Maré humana: a verdadeira crise migratória", a ser publicado nesta segunda-feira, a organização Christian Aid lança uma "advertência sem rodeios sobre o ritmo acelerado dos deslocamentos de população no século XXI".
"A quantidade de pessoas que deixaram suas casas por causa dos conflitos, das catástrofes naturais e dos grandes projetos de desenvolvimento (minas ou represas) já é surpreendentemente elevada, algo em 163 milhões", segundo estimativas da própria ONG.
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Além disso, "no futuro, as mudanças climáticas a farão subir ainda mais", afirma a organização, que pede uma "ação urgente" da comunidade internacional para tomar "fortes medidas de prevenção".
O grupo avalia ainda que "no ritmo atual, 1 bilhão de pessoas se verão forçadas a deixar suas casas até 2050". Assim, completa o texto, a mudança climática terá como conseqüência uma intensificação dos fatores atuais de migração forçada e acelerará a "crise migratória emergente".
"Estimamos que a migração forçada é, agora, a ameaça maior para as populações pobres nos países em desenvolvimento", disse em um comunicado John Davison, um dos autores do informe.
A Christian Aid, criada para ajudar os refugiados da Segunda Guerra Mundial, publica este documento em coincidência com sua 50ª coleta anual de fundos nas Ilhas Britânicas. A ONG espera arrecadar 15,5 milhões de libras (22,7 milhões de euros, ou 30,7 milhões de dólares).
Fonte: AFP