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Argentina e Venezuela investigam casos relacionados à Odebrecht

Agência Brasil
11 jan 2017 às 20:54

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A justiça argentina recebeu, nesta quarta-feira (11), um pedido para investigar o chefe da Agência Federal de Inteligência (AFI), Gustavo Arribas, suspeito de ter recebido mais de meio milhão de dólares em propinas da Odebrecht, em 2013. O nome dele foi citado numa reportagem do jornal argentino La Nación, com base em documentos fornecidos a justiça brasileira pelo doleiro paulista Leonardo Meirelles, como parte de um acordo de delação premiada.

Segundo o La Nación, na documentação à qual teve acesso, Meirelles registrou cinco transferências para uma conta suíça do chefe da AFI, entre 25 e 27 de setembro de 2013. No total, foram transferidos US$ 594,518. O jornal tentou entrar em contato com Arribas, que está de férias com a família no Brasil, mas só conseguiu falar com seus assessores, que só confirmaram uma transferência de US$ 70,495. O dinheiro, segundo eles, foi o resultado da venda de um imóvel em São Paulo, onde Arribas vivia na época.

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O La Nación diz que as cinco transferências para a conta do Crédit Suisse foram feitas um dia apos a reativação de um contrato da Odebrecht na Argentina. A deputada municipal Graciela Ocaña, cujo partido Confiança Píblica apoia o governo, pediu ao presidente Macri que suspenda Arribas do cargo, ate que ele esclareça a sua situação perante a justiça.

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Na Venezuela

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O líder opositor Henrique Capriles informou nesta quarta-feira (11) que foi citado pela Controladoria Geral da Venezuela para comparecer ao local nesta quinta-feira (12) por conta de uma suposta ligação dele com o caso de corrupção envolvendo a Odebrecht no país.


"Eles pretendem jogar meu nome na lama com um caso como o da Odebrecht. Eu gosto das coisas claras e isso sabem aqueles que estão a meu lado", disse Capriles. Ele sustenta que essa convocação é uma espécie de tentativa de puni-lo por ser um dos líderes da ação que pede um referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro.


Capriles ainda acusou que o governo querer envolvê-lo no caso "mesmo sendo inocente. Quem não deve não teme, mas eu gosto das coisas bem claras", disse o atual governador do estado de Miranda, que desde 2008 é um dos maiores opositores de Maduro no país.

* Com informações da Agência Ansa.


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