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Dados do Incra

Assentamentos antigos estão irregulares

Redação - Folha de Londrina
20 ago 2003 às 10:59

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O superintendente do Instituto de Colonização e Reforma Agrária no Paraná (Incra-PR), Celso Lisboa de Lacerda, a convite da bancada do PT, participou nesta quarta-feira da sessão na Assembléia Legislativa para explicar aos deputados como está sendo conduzida a reforma agrária no Estado.

Além da grande demanda de famílias de sem-terra para assentar - cerca de 15 mil - que se encontra hoje em acampamentos de beira de estrada, o Incra-PR se depara com outro problema: regularizar os assentamentos criados nos últimos 20 anos.

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Segundo Lacerda, cerca de 15.650 famílias foram assentadas nesse período, mas dois terços dos assentados ou ficaram sem financiamento para construção de casas e para produção agrícola, ou não tiveram os lotes demarcados ou, ainda, não receberam infra-estrutura de luz e água, por exemplo. Ele calcula que para zerar esse passivo sejam necessários, pelo menos, R$ 21 milhões.

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O orçamento do Incra-PR para este ano é de R$ 15 milhões. Para assentar as cerca de 8 mil famílias de sem-terra que estão acampadas em condições precárias seriam necessários cerca de mais R$ 65 milhões. Esse, segundo Lacerda, seria o ''público alvo'' do Incra-PR, pois ele acredita que as demais famílias não teriam perfil para participar da reforma agrária e permanecer nos assentamentos.

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O órgão tem, ao todo, 60 mil cadastros na fila da reforma agrária. Os critérios de exclusão previstos em lei, lembrou o superintendente, serão revistos no Plano Nacional de Reforma Agrária, que deverá ser colocado em prática no ano que vem. A intenção é beneficiar as famílias que tenham, de fato, ''vínculo com a terra''.


A expectativa de Lacerda é que o governo federal defina, também, novos critérios para agilizar as desapropriações de terra, já que não existem áreas disponíveis hoje no Paraná para assentamentos. O Incra-PR, destacou ele, tem agilizado o processo de vistoria para identificar áreas improdutivas passíveis de desapropriação. De junho até agora, mais de 100 propriedades já foram vistoriadas e a intenção é vistoriar mais 200 até o final do ano.

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Lacerda fez questão de justificar que a lentidão do processo é consequência da legislação atual, que impõe prazo mínimo de oito meses para concluir desapropriações de áreas. Na semana passada, o governador Roberto Requião (PMDB) criticou a atuação do superintendente e chegou a ameaçar pedir sua substituição.


Lacerda interpretou a crítica como um desabafo, pois ''todo o ônus dessas ações do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e de de outros grupos isolados caem sobre o governo do Estado''.

O superintendente voltou a afirmar que não tem como reverter, a curto prazo, o déficit de assentamentos no Paraná. A reforma agrária no Estado, segundo ele, ficou parada nos últimos anos. De 1999 a 2002, foram assentadas apenas 6,9 mil famílias.


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