O chefe do Estado Maior do Exército francês garantiu hoje (22) que o último ataque aéreo da França contra posições do Estado Islâmico na Síria provocou muitos danos, mas alertou que a guerra vai ser longa.
"Provocamos muitos danos consideráveis. Isso é o que se vê por meio dos nossos meios de inteligência", disse o general Pierre de Villiers em entrevista ao semanário francês Journal du Dimanche, citado pela agência France Presse.
Cerca de 60 bombas francesas, lançadas entre domingo (15) e terça-feira na localidade de Al Raqa, considerada o feudo dos jihadistas na Síria, tinham como objetivo campos de treino e centros de comando.
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Os ataques foram feitos levando em conta o critério muito importante de proteger a população. "Quando se atinge um inocente, cria-se uma insurreição adicional que é contraproducente", afirmou o general.
Pierre de Villiers explicou que destruir a infraestrutura de um país "não é a melhor maneira de ganhar a confiança da população, algo que é um fator-chave", e esclareceu que os bombardeios contra poços de petróleo buscam debilitar financeiramente a organização jihadista.
A chegada à região, neste fim de semana, do porta-aviões Charles de Gaulle significará para os franceses "mais-valia operacional", porque vai triplicar a sua capacidade de tiro, com 38 aviões no total.
Villiers advertiu que não haverá vitória militar "a curto prazo" e insistiu que um inimigo não se destrói com bombardeios aéreos, mas sim em terra, com esse tipo de apoio.
"Todos sabem que, no final, o conflito será ganho pela via diplomática e política. Ganhar a guerra será bom, mas não será suficiente. A guerra deve ser travada em conjunto", acrescentou o general, lembrando que, apesar das diferentes perspectivas internacionais, há um inimigo comum que é o "islamismo radical" da organização.