O atentado com um caminhão-bomba em um mercado do bairro xiita de Sadr City, em Bagdá, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, deixou hoje (13) pelo menos 54 mortos e 100 feridos, informou o porta-voz do Ministério do Interior, general Saad Maan.
Já considerado um dos mais sangrentos dos últimos meses na capital iraquiana, o atentado ocorre quando o ex-comandante militar das forças norte-americanas considerou que a partilha do Iraque "pode ser a melhor solução" para acabar com a difícil coexistência entre comunidades sunitas e xiitas.
O ataque a Sadr City, um grande bairro xiita com forte densidade populacional no Norte da capital, ocorreu por volta das 6h locais em um mercado de frutas e legumes, justamente quando era grande o movimento de pessoas.
Leia mais:
Kate Middleton fala do câncer pela primeira vez
ONU vê militarização de escolas como ameaça ao direito de ensino
Pantone declara 'Mocha Mousse', marrom suave e evocativo, como a cor do ano 2025
Jornalista paranaense é assassinado a tiros no México, diz imprensa local
O Estado Islâmico reivindicou o atentado, à semelhança dos atos registrados na segunda-feira (10), que provocaram 33 mortos a norte de Bagdá.
Em comunicado, o grupo jihadista informou tratar-se de uma "operação abençoada", enquanto o representante da ONU no Iraque, Gyorgy Busztin, denunciava um "ataque covarde" e um "ato de terrorismo cego, destinado a enfraquecer a determinação do povo iraquiano".
Nesse contexto, o general Raymond Odierno, a mais alta patente do Exército dos Estados Unidos no Iraque, que se aposenta nesta semana, manifestou pessimismo, em uma referência às tensões entre as comunidades xiitas e sunitas, desencadeadas em 2006 e 2007, e que, desde então, provocaram dezenas de milhares de vítimas.
"Torna-se cada vez mais difícil", disse o general durante entrevista à imprensa. Ele peviu um futuro onde "o Iraque não será igual ao que era no passado".