O homem que matou quatro pessoas a tiros numa escola de Toulouse, no sul da França, provavelmente filmou o ataque, informou o ministro do Interior Claude Gueant nesta terça-feira, o que convenceu as autoridades de que estão procurando um assassino cruel que planeja meticulosamente seus ataques.
A procura pelo atirador continua nesta terça-feira. Na segunda-feira , ele abriu jogo contra uma escola judaica, matando três crianças e um professor, que era pai de duas crianças.
Autoridades francesas seguem várias pistas ao tentar ligar os pontos que conectam os disparos de ontem, na escola Ozar Hatorah, com dois recentes ataques contra soldados na mesma região, que deixaram três mortos. Todos os disparos foram realizados por um único atirador.
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Os promotores descreveram o homem como alguém que age "a sangue frio", embora ainda tentem descobrir sua motivação. Gueant disse que todas as testemunhas do ataque de segunda-feira descreveram o atirador como "frio e determinado, mostrando grande crueldade".
"Segundo uma testemunha, o assassino tinha uma câmera presa ao peito, o que permitiria a ele se conectar e transmitir imagens pela internet", afirmou ele aos jornalistas em Toulouse. "A informação se soma ao perfil psicológico que estamos fazendo do assassino."
Mas, aparentemente, nenhuma imagem foi transmitida até agora, disse ele.
Gueant disse que o ataque à escola parece ter sido provocado por antissemitismo. Três ex-soldados que foram expulsos de seus quartéis em 2008, perto de Toulouse, por causa de seu pensamento neonazista, são potenciais suspeitos, disse ele.
Mas as autoridades também acreditam que os motivos possam ser mais amplos. Os soldados atingidos nos últimos ataques não eram judeus, mas sim descendentes de norte-africanos, o que sugere que o assassino - se é que se trata mesmo de um homem - pode ser racista e mais interessado em atacar minorias.
"Teremos tempo para descobrir que ideologia ele segue quando o prendermos", afirmou Gueant.
A polícia concluiu que a mesma arma .45 foi usada nos três ataques e tenta identificar o atirador usando imagens de circuitos de segurança de locais próximos à escola, que mostram as placas da scooter que ele dirigia.
Gueant disse que a mesma scooter preta foi usada nos ataques contra os soldados, mas que uma scooter branca era pilotada no ataque à escola. Mas as autoridades não descartam a possibilidade de o veículo ter sido pintado. As informações são da Dow Jones.