O ataques contra militares americanos se intensificaram nas últimas horas no Iraque, onde um soldado morreu e outros 19 ficaram feridos. ''Houve disparos em Bagdá quinta-feira à noite. Um soldado da primeira divisão blindada morreu baleado. Foi levado a um centro de assistência, onde o declararam morto'', disse nesta sexta-feira à AFP o major Sean Gibson.
Com isto, chega a 26 o número de soldados mortos em ataques desde o dia 1º de maio passado, data em que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, declarou o fim das operações militares importantes no Iraque.
Em outra ação, 19 soldados americanos foram feridos também na quinta-feira à noite em um ataque com morteiro em Balad, a cerca de 60 km ao noroeste da capital, segundo o exército.
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''Houve um ataque com morteiro perto ou no interior da base americana'' próxima a Balad, explicou nesta sexta o soldado Giovanni Lorente e acrescentou que as primeiras informações ''indicam que 19 soldados ficaram feridos''.
Além disso, as tropas americanas foram alvo de lançamento de foguetes e granadas durante a noite em Ramadi, a 100 km ao oeste de Bagdá, informaram os habitantes da cidade sem acrescentar se há vítimas.
Os vizinhos também escutaram duas fortes explosões procedentes de uma antiga base dos serviços de inteligência iraquianos próxima à localidade.
Após estes disparos, soldados americanos se espalharam por toda a cidade e os tanques bloquearam as principais ruas.
Segundo um funcionário do serviço de inteligência americano, as tropas destacadas em Faluja, a cerca de 50 km ao oeste da capital do país, enfrentam cada vez mais resistência dos partidários do ex-presidente Saddam Hussein, assim como de radicais islâmicos e grupos armados.
''Diria que (a resistência) está um pouco mais organizada do que há quatro semanas'', declarou o comandante Joffery Watson.
Apesar desta situação, o comandante militar americano de maior patente no Iraque, o general Ricardo Sánchez, afirmou que o número de soldados americanos neste país poderia diminuir nos três próximos meses e desmentiu informações segundo as quais o administrador civil do Iraque, Paul Bremer, pediu o envio de mais efetivos.
Para ajudar as tropas americanas, o senador Carl Levin, principal democrata da comissão das forças armadas, considera necessário buscar a ajuda da França e da Alemanha, assim como a participação da ONU e da OTAN.
Iraquianos mortos - As tropas americanas mataram, nesta sexta-feira, onze iraquianos que tentavam armar uma emboscada no norte de Bagdá, anunciou um porta-voz do Exército dos Estados Unidos.
''Os agressores tentaram atacar uma patrulha (dos EUA) com armas leves e lança-foguetes. Todos foram eliminados quando a patrulha reagiu'', declarou à AFP o militar americano Giovanni Lorente.