O alarmante silêncio oficial sobre feridos e desaparecidos alimentou nesta terça-feira versões de que o número de mortos entre os reféns resgatados do teatro de Moscou passe de 200, vítimas de um estranho gás derivado do ópio, usado pelas tropas russas para deter os terroristas.
Cientistas da Universidade de Lomonósov identificaram o gás como um possível derivado do Fentanil, analgésico e anestésico sintético elaborado pela primeira vez na Bélgica na década de 50. Fontes médicas disseram que nenhuma anestesia poderia ser tão letal e sugeriram um possível ``coquetel`` com algum tipo desconhecido de gás nervoso, informaram meios locais ao destacar que a embaixada dos Estados Unidos também falou em ``algum derivado do ópio`` como o Fentanil.
Em meio à confusão pela informação sobre o número de mortos à bala e gás, nem o Kremlin ou qualquer outra autoridade apareceu para esclarecer as informações diante de tantas contradições e rumores.
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Fontes dos serviços de socorro elevaram para 50, 78 e a mais de 100 os desaparecidos, sem que ninguém saiba se estavam ou não contados entre os 317 ainda hospitalizados, 27 deles em estado muito grave.
Os últimos dados oficiais do Ministério da Saúde, divulgados no domingo passado pela manhã, foram de 117 reféns mortos, dois deles por tiro e 115 por efeito do gás misterioso.
Mas a demora por novas informações sobre os desaparecidos e a evolução dos feridos mais graves faz com que se tema o aumento das mortes para mais de 200, uma cifra que coincide em diferentes informaoções oficiosas.
Um militar do Ministério da Defesa e chefe do Departamento de Defesa Radioativa, Química e Biológica negou que o gás fulminante era de caráter bélico, e assegurou que pertence aos meios do Serviço Federal de Segurança (FSB, antigo KGB).