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Crise na Europa

Áustria anuncia que vai limitar entrada diária de refugiados ao país

Agência Brasil
04 fev 2016 às 16:20

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A ministra do Interior da Áustria, Johanna Mikl-Leitner, anunciou nesta quinta-feira (4) que nos próximos dias será introduzido um limite máximo diário para a entrada de refugiados no país, depois de o Governo ter estabelecido limites anuais aos pedidos de asilo.

"Em dez dias vamos introduzir cotas diárias fixas e orientadas à nossa capacidade. Se quiserem chamar assim, um limite diário", declarou a ministra conservadora ao jornal Kurier.

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O número de pessoas ainda não está definido e a ministra deve anunciá-lo pouco antes de a medida entrar em vigor, considerando os alojamentos disponíveis, a capacidade policial e os refugiados a serem acolhidos na Alemanha, informa a rádio pública ORF.

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O governo austríaco, formado por sociais-democratas e conservadores, endureceu as políticas sobre os refugiados e, em janeiro, estabeleceu o limite de 37,5 mil solicitações de asilo para este ano. Em 2015, foram recebidos 900 mil pedidos.

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A Áustria pretende ainda endurecer as condições de reagrupamento familiar e alguns benefícios sociais, assim como limitar o asilo ao tempo que dure o conflito no país ou a situação que levou os refugiados a fugirem de seu país.


No fim de semana passado, o governo anunciou planos para deportar 50 mil pessoas cujas solicitações de asilo sejam negadas até 2019. Anunciou também que, para agilizar as repatriações, serão utilizados aviões militares Hércules.

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Para acelerar os procedimentos, o governo vai declarar como países seguros Marrocos, Argélia e Tunísia, cujos cidadãos receberão respostas aos seus pedidos de asilo em um procedimento de dez dias e, no caso de ser negativa, serão repatriados.


O ministro dos Negócios Estrangeiros, Sebastian Kurz, propôs hoje, em entrevista a uma rádio pública, o corte na ajuda europeia ao desenvolvimento dos países que não aceitarem o regresso de seus cidadãos que tiveram pedidos de asilo rejeitados.


Kurz disse que alguns países, como o Paquistão, tem acordos de repatriação com a União Europeia (UE), mas se recusam a aceitar a volta de seus cidadãos, e pediu para definir regras claras de repatriação para Marrocos e Argélia.

Segundo o ministro, os $ 11 bilhões de euros que a União Europeia gasta anualmente em cooperação para o desenvolvimento deve ser um argumento nas negociações e na implementação dos acordos de readmissão.


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