A direção do Banco do Brasil retomou nesta quinta as negociações com a Executiva Nacional dos Bancários e com a Comissão de Empresa dos Funcionários, na busca de acordo para por fim à greve que paralisa cerca de 90% das agências do BB nas principais cidades do país, de acordo com balanço da Confederação Nacional dos Bancários (CNB).
As negociações, convocadas pelo BB, foram iniciadas ontem à tarde e suspensas no início da madrugada de hoje, sem evoluções significativas. Os bancários insistem no reajuste mínimo que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) deu aos bancários da iniciativa privada: de 12,6% sobre os salários, mais participação nos lucros e abono de R$ 1,5 mil.
O BB concorda com a proposta da Fenaban no geral, mas resiste na posição de conceder os 12,6% apenas sobre o piso salarial, que é de R$ 798,00, o que beneficiaria pouco mais de 10% dos funcionários do banco em todo o país. Os salários maiores teriam reajuste escalonado entre 6% e 12%. Mesmo assim, o banco alega que os gastos adicionais com a folha de pagamentos aumentariam R$ 538 milhões por ano.
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A "queda de braço" entre a direção do BB e os bancários promete estender a negociação, que acontece no edifício-sede III do banco. Enquanto isso, o movimento grevista ganha força com a adesão dos funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF), que estão parados em quase todo o país à espera do desenrolar das negociações. Eles têm reivindicações salariais semelhantes e mesma data-base, em 1º de setembro. O movimento ganhou a adesão também dos funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e do Banco da Amazônia (Basa).