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Por extremistas

Benazir Bhutto foi assassinada por pregar tolerância

Agência Brasil
27 dez 2007 às 21:16

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O embaixador do Paquistão no Brasil, Muhammad Haroon Shaukat, disse hoje (27), em entrevista à TV Brasil, que os responsáveis pelo atentado que matou a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto são "extremistas que não querem um Estado moderado e o progresso do Paquistão".

Líder da oposição ao presidente Pervez Musharraf, Bhutto foi assassinada durante um comício em que fazia campanha para as eleições parlamentares do dia 8 de janeiro. O atentado, perpetrado por um terrorista suicida, deixou outros 20 mortos, aproximadamente.

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Shaukat disse que Bhutto foi assassinada porque era "uma líder moderada, uma líder com uma visão à frente do seu tempo, que queria um Paquistão mais tolerante e moderado e que caminhasse para o progresso".

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O embaixador afirmou que o Paquistão é, hoje, "o país mais importante na guerra contra o terrorismo e contra o extremismo religioso, mas os extremistas têm cada vez mais buscado como alvos as vozes moderadas no nosso país".

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Shaukat lembrou que a própria Benazir Bhutto havia escapado de outro atentando recentemente. Ela voltou ao Paquistão no dia 18 de outubro último, após oito anos de exílio. Naquele dia, um atentado suicida contra a caravana de boas-vindas matou mais de 120 pessoas, mas ela saiu ilesa.


O embaixador recordou também que na semana passada, o ex-ministro do Interior Aftab Khan Sherpao sobreviveu a uma tentativa de assassinato.


Shaukat disse que, na embaixada em Brasília, todos estão sentidos e em estado de choque com o assassinato da líder paquistanesa. Segundo ele, a maior preocupação, agora, é com a reação do povo. Emissoras de TV mostraram diversas reações violentas durante o dia no Paquistão.

"Esperamos que o país não caia em total desordem, mas é natural que o assassinato de uma líder tão popular e importante, como Benazir Bhutto, cause reações tão explosivas, que as pessoas fiquem tão enraivecidas", disse o embaixador paquistanês.


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