O bispo brasileiro de origem austríaca Erwin Krautler, de 71 anos, levou hoje o prêmio Right Livelihood Prize, conhecido como o "Prêmio Nobel Alternativo". Krautler foi lembrado por seu trabalho a favor dos direitos humanos e ambientais das populações indígenas, e também por sua luta para salvar a Floresta Amazônica da destruição.
A edição de 2010 do prêmio "honra o poder da mudança na base", afirmou, em comunicado, a Fundação Rights Livelihood, sediada na Suécia. Os agraciados dividirão um total de 200 mil euros como premiação. Além do bispo brasileiro, a organização israelense "Médicos pelos Direitos Humanos Israel" foi reconhecida por seu "espírito invencível no trabalho pelo direito à saúde para todas as pessoas em Israel e na Palestina".
O ativista pelo meio ambiente nigeriano Nnimmo Bassey, de 52 anos, foi agraciado por "revelar todos os horrores ecológicos e humanos da produção de petróleo". O júri também destacou o trabalho dele para "fortalecer o movimento ambientalista na Nigéria e globalmente".
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Ainda foi lembrado o nepalês Shrikrishna Upadhyay e sua organização SAPPROS, por "demonstrarem ao longo dos anos o poder da mobilização comunitária para lidar com os múltiplos casos de pobreza, mesmo quando ameaçados pela violência política e pela instabilidade".
O fundador do prêmio, Jakob von Uexkull, disse que os lembrados nesta edição são modelos. "A verdadeira mudança começa em um nível de base: médicos que não esperam os políticos antes de agir para acabar com o sofrimento desnecessário no Oriente Médio, moradores de vilarejos que trabalham eles mesmos para sair da pobreza, e movimentos ambientais que unem as vítimas da devastação ecológica", apontou ele. A entrega ocorrerá no Parlamento sueco, em 6 de dezembro.