O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e o líder do Congresso Nacional Iraquiano (CNI), Ahmad Chalabi, confirmaram que o homem capturado na noite deste sábado por soldados norte-americanos, na cidade iraquiana de Tikrit, é mesmo o ex-presidente Saddam Hussein. Até agora, o governo dos Estados Unidos ainda não emitiu parecer final sobre a identificação do prisioneiro.
Blair pediu, de antemão, que o ditador seja julgado em seu próprio país pelos atos cometidos nos 24 anos de governo. No entanto, a situação do prisioneiro, caso seja confirmada sua identidade, é a mais delicada possível. No início do mês, o comandante das tropas em terra dos Estados Unidos no Iraque conclamou a população iraquiana a encontrar o ex-presidente nos seguintes termos: "vamos juntos encontrá-lo, capturá-lo e matá-lo".
As primeiras informações sobre a prisão, divulgadas pelo líder do Congresso, Chalabi, dão conta de que Saddam foi preso em sua cidade natal, no porão de um prédio, e usava um disfarce. Em 22 de julho, Uday e Qusay, filhos do ex-líder iraquiano, foram mortos em um ataque das forças americanas em Mosul, no norte do Iraque.