O Brasil foi um dos 27 países da Junta de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a votar favoravelmente pela resolução que trata da Implementação pelo Irã do acordo de salvaguardas de suas obrigações sob o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP).
Segundo o Ministério das Relações Exteriores (MRE), ao votar hoje em Viena pela aprovação da resolução, o Brasil reiterou que todas as questões relativas à paz e segurança internacionais devem ser preferencialmente resolvidas pelo diálogo e pela cooperação.
Em nota à imprensa distribuída hoje, o Itamaraty afirma que o Brasil confia em que a República Islâmica do Irã esclarecerá as questões formuladas pela AIEA no menor espaço de tempo e que as medidas que o Irã venha a adotar sejam reconhecidas pela comunidade internacional.
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A assessoria do MRE também lembra que, ao votar favoravelmente, a delegação brasileira teve por base o fato de que a resolução apenas informa o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) das medidas que são requeridas para que o Irã possa contar com a confiança da comunidade internacional sobre a finalidade pacífica de seu programa nuclear.
O MRE esclarece que o CSNU não deverá tomar qualquer tipo de ação sobre o dossiê iraniano até a próxima sessão regular da Junta, em março, ocasião em que o diretor-geral da AIEA apresentará relatório sobre a implementação das medidas de fomento da confiança constante da resolução. O Brasil, segundo a mesma nota, vai continuar avaliando a situação em seus méritos, "com apego estrito ao cumprimento das obrigações decorrentes do TNP, inclusive o respeito ao direito de todos os países membros – sem discriminação – de desenvolver, pesquisar e produzir energia nuclear para fins pacíficos".
Votaram favoravelmente à resolução: Alemanha, Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, China, Cingapura, Colômbia, Coréia do Sul, Equador, Egito, Eslováquia, Eslovênia, Estados Unidos, França, Gana, Grécia, Iêmen, Índia, Japão, Noruega, Portugal, Reino Unido, Rússia, Sri Lanka e Suécia. Votaram contra: Cuba, Síria e Venezuela. E se abstiveram: África do sul, Argélia, Belarus, Indonésia e Líbia.
Agência Brasil