A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo está anunciando a descoberta de um novo tipo de vírus da caxumba, inédito em todo o mundo. O estudo foi produzido pelo Instituto Adolfo Lutz, laboratório estadual considerado o maior público do Brasil.
A nova variante foi detectada por intermédio de 14 amostras biológicas procedentes dos municípios de Atibaia, São Paulo, Jundiaí e Campinas, no período de dezembro de 2006 a maio de 2007. Após isolamento em cultura celular e identificação por anticorpos monoclonais específicos, foi realizado estudo molecular. A Secretaria já informou o Ministério da Saúde sobre a descoberta.
Com base nas informações obtidas pela análise genética, foi evidenciado que as amostras isoladas constituíam um grupo de vírus não identificado até o momento no mundo. Os critérios propostos por especialistas internacionais para identificação de novas variantes foram atendidos nessa investigação, e o estudo filogenético foi avaliado por pesquisadores do Departamento de Zoologia do Museu de História Natural de Londres.
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"São Paulo tem uma rede estruturada para identificar qualquer novo vírus circulante no Estado. Verificamos que havia algo diferente nos casos e o Lutz identificou o novo vírus", afirma Clélia Aranda, coordenadora de Controle de Doenças da Secretaria.
Pesquisadoras das Seções de Vírus Respiratórios e Biologia Molecular do Lutz tiveram a colaboração do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da USP na descoberta. A Secretaria já averiguou os casos das pessoas que tiveram esta nova variante. O vírus não é mais grave e causa os mesmos sintomas característicos das variantes antes descobertas. As pessoas que tiveram a doença não estavam vacinadas ou estavam com apenas uma dose (a regra estipula duas doses) no calendário. Não há morte por caxumba em São Paulo desde 2004. Não há dúvidas sobre a eficácia da vacina utilizada com sucesso no mundo todo.
As informações são da Secretaria de Estado da Saúde.