O Ministério da Saúde destina apenas 0,3% de seu orçamento para o controle da tuberculose. Os dados foram publicados nesta quarta-feira (25) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que alerta que o Brasil ocupa a 15ª posição entre os países com o maior número de casos por ano. O percentual gasto pelo governo é inferior às taxas registradas na China, Índia, África do Sul, Uganda, Indonésia e Rússia.
Em 2005, R$ 94 milhões foram destinados ao combate à doença, que atinge 110 mil novas pessoas por ano. Dados de 2003 apontam que 34% dos pacientes no Brasil estão sendo tratados segundo recomendações da OMS. O índice é baixo em comparação aos países ricos e em desenvolvimento.
A doença - A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria chamada "bacilo de Koch". A transmissão ocorre através do ar. Enfermos não tratados costumam eliminar grande quantidade de bactérias no ar ambiente tossindo, falando ou espirrando. Estes micróbios podem ser inspirados por pessoas saudáveis, levando ao adoecimento.
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Os principais sintomas são tosse (por mais de 15 dias), febre (mais comumente ao entardecer), suores noturnos, falta de apetite, emagrecimento e cansaço fácil. Além do pulmão, a doença pode ocorrer em outros órgãos como as meninges (meningite), ossos e rins.
Prevenção e tratamento - Na prevenção, principalmente em crianças recém-nascidas, usa-se a vacina BCG (bacilo de Calmet-Guérin). Evitar o convívio com tuberculoso contagiante e só consumir leite pasteurizado ou fervido adequadamente também são medidas eficazes. Talvez a prevenção mais eficaz seja melhorar o padrão de vida da população, as condições de habitação, trabalho, alimentação, etc. Também é importante a descoberta de casos ocultos, através de radiografias (abreugrafia) e teste cutâneo (prova de tuberculina).
O tratamento, ao menos em seu início, é feito num hospital ou posto especializado. Usa-se um verdadeiro arsenal de antibióticos e, por vezes, métodos cirúrgicos. No Brasil, o tratamento da tuberculose está a cargo da saúde pública.