Brasil e Argentina discutem a construção de uma usina hidrelétrica binacional no Rio Uruguai. De acordo com o o ministro argentino das Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto, Jorge Taiana, o projeto – batizado de Garabi – já está sendo tratado em nível ministerial pelos dois países.
O chanceler se reuniu nesta sexta-feira em Brasília com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e assegurou: "Já se está trabalhando e avançando de maneira bastante decidida nesta obra".
Amorim destacou o interesse recíproco em cooperação na área energética: "Temos interesses comuns em nos ajudarmos mutuamente na área de energia, temos feito quando isso necessário. Num processo de integração da América do Sul, certamente haverá necessidade de energia. Teremos que usar todas as formas de energia".
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Os chanceleres reafirmaram o interesse na construção do Gasoduto do Sul, unindo Venezuela, Brasil e Argentina. Na última semana, durante inauguração de uma fábrica na Venezuela, o presidente Hugo Chávez havia lamentado o esfriamento do projeto. "É natural que essas coisas tomem tempo, não são projetos simples nem do ponto de vista técnico nem do ponto de vista empresarial e financeiro. Compreendo que as demoras que ocorrem gerem frustrações, mas pelo menos do nosso ponto de vista é um projeto que continua vivo", assegurou Celso Amorim.
Com relação ao Banco do Sul – outro projeto que ainda não foi implementado –, Amorim e Taiana informaram que o tema será tratado por ministros de Economia da região, em reunião no dia 23, no Rio de Janeiro. "Queremos que o Banco do Sul fique pronto, mas certamente preparar um organismo regional dessa natureza é um trabalho que deve ser bem feito. Não vamos apurar, mas vamos trabalhar para fazer as coisas bem feitas", disse Jorge Taiana.
ABr