O secretário de Defesa Agropecuária do Brasil, Inácio Kroetz, se reúne nesta quinta-feira (14) com altos representantes da divisão de Saúde e Proteção ao Consumidor da Comissão Européia (o órgão Executivo da União Européia) para negociar uma possível retomada nas exportações de carne brasileira para o bloco.
As vendas estão suspensas desde 1º de fevereiro porque o Executivo europeu se negou a aceitar a lista de 2.681 fazendas aprovadas pelo Brasil para vender o produto à Europa, alegando que esperava uma lista com apenas 300 propriedades.
Kroetz deve entregar às autoridades européias uma nova lista com o nome de 600 fazendas, cujos controles sanitários teriam sido auditados e aprovados pelos técnicos do governo brasileiro e estariam em acordo com as exigências européias.
Ele também deve apresentar relatórios individuais com as conclusões das auditorias nessas fazendas.
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"Qualquer decisão que tomarmos será com base nas informações presentes nos relatórios individuais, nas evidências de que as fazendas listadas realmente cumprem todas as exigências sanitárias", afirmou Nina Papadoulaki, porta-voz do comissário Kyprianou, sem estimar quanto tempo isso poderá tomar.
Prejuízos
De acordo com cálculos do governo brasileiro, a suspensão das exportações de carne à UE causa diariamente um prejuízo de R$ 5 milhões ao País.
Em 2007 o Brasil enviou à UE um total de 543,55 mil toneladas de carne, 67% do total importado pelo bloco, no valor de US$ 1,4 bilhão (cerca de R$ 2,45 bilhões).
O governo se recusa a comentar as atuais negociações. "Foram os comentários à imprensa que prejudicaram as negociações no caso da primeira lista. Esta vez só falaremos depois das reuniões", disse à BBC Brasil uma fonte do Ministério de Agricultura.
A reunião entre o secretário brasileiro e as autoridades européias devem se estender até esta sexta-feira.
BBC Brasil