Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Relatório da ONU

Brasil lidera uso de derivados de ópio na América Latina

Redação Bonde
26 jun 2006 às 19:26

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Segundo relatório da ONU sobre as drogas no mundo, divulgado pela BBC Brasil, os brasileiros são os maiores usuários de derivados de ópio da América Latina.

O relatório foi divulgado nesta segunda-feira (26) e revela que os 700 mil usuários correspondiam a 0,6% da população entre 12 e 65 anos em 2001, de acordo com o documento. Os chamados opióides são substâncias que produzem euforia ou bem-estar e cujo uso requer doses cada vez maiores.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Os principais opióides utilizados no Brasil são a morfina e a heroína, mas, segundo o relatório, o abuso desta droga no Brasil é "muito baixo".

Leia mais:

Imagem de destaque
Contínua dispersão geográfica

OMS anuncia que mpox ainda figura como emergência em saúde pública global

Imagem de destaque
Perigo

Curiosos ficam próximos de lava de vulcão na Islândia e polícia é acionada

Imagem de destaque
Em nome do cantor

Funeral de Liam Payne movimentou doações para ajudar crianças com câncer

Imagem de destaque
Após acusações de má-conduta

Equipe de Trump tem primeira baixa e escolhido para Departamento de Justiça renuncia à indicação


O presidente do Comitê de Álcool e Drogas da entidade, Sérgio Seibel, destacou que a heroína - assim como a cocaína, que não é um opióide - é economicamente inacessível à maior parte dos brasileiros.

Publicidade


O Brasil aparece no relatório da ONU como um país cujo consumo de drogas é muito menor que o nível de apreensões, principalmente porque funciona como corredor de transporte.


Parte da rota de tráfico que sai dos Andes em direção à África e daí para a Europa, o país interceptou 8 toneladas de cocaína em 2004. Estima-se que 70% disso vinha da Colômbia.

Publicidade


Em relação à maconha, o relatório nota que apenas 1% dos brasileiros entre 12 e 65 anos utilizava essa droga em 2001, uma proporção pequena para as 200 toneladas de aprendidas no país no ano seguinte. Uma das explicações, novamente, seria o fato de o país servir como corredor de transporte.


Apreensão recorde - Impulsionadas pela parceria entre Estados Unidos e Colômbia, as apreensões mundiais de cocaína bateram novo recorde em 2004, afirma o relatório. Juntos, os dois países apreenderam 60% das 588 de toneladas confiscadas da droga.

Publicidade


"A melhor cooperação entre as polícias e o serviço de inteligência" colombianos e norte-americanos indica que os bons resultados se repetirão nos números de 2005 e de 2006, diz o documento.


Reversão de tendência - Mais da metade da área plantada de coca no mundo (54%) está na Colômbia. Os 86 mil hectares atuais representam a metade da área recorde registrada em 2000, quando a tendência começou a ser revertida.

Publicidade


Há três anos, o país do presidente Álvaro Uribe é recordista na apreensão de cocaína. Em 2004, as apreensões totalizaram 188 toneladas, equivalente a 32% do volume mundial.


Já nos Estados Unidos, as prisões feitas naquele ano resultaram em 166 toneladas do pó, ou 28% do total mundial. Com 6,5 milhões de consumidores, os EUA consomem a metade de toda a cocaína produzida no mundo.

Publicidade


Ao apresentar o documento em Washington, o diretor-executivo do escritório da ONU para Drogas e Crime, Antônio Maria Costa, disse que os números positivos não podem servir de pretexto para que os países relaxem suas políticas antidrogas.


Calcanhar de Aquiles - Entre os problemas dos esforços contra as drogas, segundo o relatório, estão o aumento da demanda por cocaína na Europa (em contrapartida à redução nas Américas), a produção de ópio (matéria-prima da heroína) no Afeganistão e o amplo uso de maconha em várias partes do mundo.

Publicidade


Para chegar ao continente europeu, traficantes de cocaína já evitam a tradicional rota que deixa a América do Sul pelo Caribe e têm aberto novas vias entre o oeste da África (principalmente Cabo Verde, África do Sul, Quênia, Gana e Nigéria) e a península ibérica.


Já no Afeganistão, a área destinada ao cultivo de ópio caiu 21% em 2005, pela primeira vez em três anos. Mas, segundo Antônio Maria Costa, a situação afegã permanece instável, agravada pela pobreza, a falta de segurança e o controle precário do Estado sobre seu próprio território.


Por fim, o documento critica a volatilidade das políticas nacionais contra o uso de cannabis. "Com os problemas de saúde em decorrência de cannabis aumentando, é errado que o controle sobre a droga dependa do partido que está no governo", disse Costa.

"Sabemos que uma estratégia coerente e de longo prazo pode reduzir o fornecimento, a demanda e o tráfico de drogas. Se isto não acontece, é porque algumas nações não levam o tema suficientemente a sério, e não perseguem as políticas adequadas", acrescentou. "Alguns países têm o problema com drogas que merecem."


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo