O Brasil está entre os 11 países da América Latina que não conseguirão reduzir a pobreza extrema pela metade até 2015, descumprindo assim meta fixada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A conclusão é de um estudo realizado pela Comissão Econômica da ONU para a América Latina e o Caribe (Cepal), em conjunto com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o programa Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU.
De acordo com o trabalho ''Rumo ao Objetivo do Milênio de Reduzir a Pobreza na América Latina e no Caribe'', apenas 7 de 18 países da região alcançariam a meta fixada pela ONU, caso as condições de crescimento e distribuição de renda verificadas na década passada se mantenham: Chile, Colômbia, Honduras, Panamá, República Dominicana, Uruguai e Argentina.
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O Brasil faz parte do grupo que reúne Costa Rica, El Salvador, Guatemala, México e Nicarágua. Esses países também têm condições de reduzir a pobreza extrema, mas em ritmo muito mais lento. Já Bolívia, Equador, Paraguai, Peru e Venezuela teriam um aumento nos níveis de pobreza se fossem mantidas as condições dos anos 1990.
O estudo se baseia na evolução histórica da distribuição de renda. Para atingir os objetivos da ONU, a maior parte do países precisaria obter uma redução de um ou dois pontos porcentuais no índice Gini, que mede a concentração de renda dos países. Além disso, são necessárias taxas anuais de crescimento econômico da ordem de 3%.
''O crescimento econômico que não afeta a distribuição de renda não influi na melhoria dos níveis de vida de quem vive em estado de pobreza extrema'', destaca o estudo.