Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou hoje que existem mais de 500 mil trabalhadoras domésticas infantis e adolescentes no Brasil. A representante da UNICEF no Brasil, Reiko Miimi, revolta-se com a situação dessas crianças: "o trabalho doméstico é coisa de adulto e não de criança. Se é possível tirá-las das carvoarias e dos lixões, porque não é da casa de outras pessoas". Segundo a OIT, os indíces de trabalho infantil crescem em todas as regiões do país, principalmente no Nordeste.

Em 2001, foram liberadas no país 1.600 pessoas em situação de trabalho escravo, forçado e degradante. Para combater esses "crimes" e reprimir essas práticas a OIT vai aplicar US$ 1 milhão em dois anos e meio, em ações de fortalecimento das coordenadorias de inspeção móvel do trabalho escravo no Brasil. A declaração foi feita pelo diretor da OIT no país, Armand Pereira, ao abrir na manhã desta sexta-feira, a terceira reunião da Comissão Especial do Ministéiro da Justiça que acompanha denúncias de violência no campo, trabalho escravo e infantil.